A gênese e as características gerais do campo de força Luz (Sol)

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Livro Maldição do Templo do Sacerdote – Resgate do sentido original da doutrina de Jesus Art. 16. . (Art. 16, 2.5.1.,p. 73-77) www.tribodossantos.com.br

   Na Teoria da História registrada no livro Gênese, a sociedade humana é pensada como um sujeito social estruturado, que funciona como um sistema ou campo de forças interatuantes entre si, que chamamos de Estrutura do Sujeito Social. Estrutura esta que teve uma primeira fase. A qual gerou, no seu interior, numa segunda fase, uma nova instância ou força chamada Luz. A qual é afiliada ao Espírito Santo do aspecto Criador da Divindade. A Estrutura do Sujeito Social ficou concluída ao gerar o campo de força Luz. Cuja localização social da sua emergência ocorre, numa sociedade complexa, naquele seguimento social que os grandes profetas individuais chamam de “Sião”.[1]

   A Luz se apresenta, no quarto dia da criação, de modo pleno, através de um indivíduo real existente, que é representado, metaforicamente, na figura do “Sol”. O autor da Teoria da História inscreveu o surgimento do fenômeno sócio-histórico Sol (e a Lua), na parte desta teoria, que chamamos de Sistematização Teórica. Mas, inscreveu-o no quadro do “4° dia da criação”, que integra a Sistematização Teórica. O campo de força “Trevas” da Estrutura do Sujeito Social também emerge, logo após ao “Sol”, no quarto dia da criação, através de um indivíduo real existente, que é representado na figura da “Lua“. Os ideólogos de menor intensidade são representados na figura de “Estrelas“.

   O “Sol” recebeu, entre os antigos profetas hebreus, diversas denominações: Ungido, Messias, Emanuel, Filho do Homem. No processo geral de produção da categoria de conhecimentos proféticos, o Filho do Homem é precedido por outros grandes profetas individuais. Ele sistematiza e consuma tanto a prática revolucionária como a categoria de conhecimentos produzidos pelos profetas que o precederam. Desse modo, ele pode ser pensado como a Luz. Cuja emergência na sócio-história que transcorre em tempo muito longo, e que ocorrera no passado mais recente (contexto pós-diluviano do segundo Henoc, Cf Gn 5, 24), tratou-se do Jesus Histórico. Luz esta que clareia e ensina o caminho, détour ou método analítico para o reino do conhecimento ou do “céu”.[2] E, que impele o indivíduo para, por um aspecto, converter-se do estado de alienação em que é mantido pelas “Trevas” (os sacerdotes e os ideólogos elitistas em geral), e por outro, para assumir o modo de conduta autoconsciente, autodiligente e dotado de consciência social crítica e transformadora. No contexto Henoc em que o “Sol” Jesus Histórico (Cristo) emergira, a “Lua” que logo após também emergira e se opunha ao “Sol”, tratou-se do indivíduo real existente chamado Paulo de tarso o Anticristo, também chamado de Satanás, isto é, o hiper opositor ao Espírito de Deus e ao “Filho de Deus” (“Sol”).

   A conduta individual autoconsciente, autodiligente, crítica e transformadora própria do “Sol” é voltada para revolucionar as relações sociais injustas e violentas. Relações estas que as elites intelectuais (sacerdotais, filosóficas, cientificistas, fetichista, etc.) aliadas às concernentes elites políticas e econômicas instalam e mantêm nas relações entre os indivíduos das respectivas nações, e entre nações.

   Enfim, as duas grandes Consciências Coletivas (Trevas e Espírito de Deus) da Divindade, e as suas respectivas manifestações em forma de indivíduo real existente, respectivamente, o a “Lua” e o “Sol” atuam em sentido diametralmente opostos ente si, de um lado, o espírito das Trevas, a “Lua” e os ideólogos, seus agentes, de outro lado, o Espírito Santo, o “Sol” e os genuínos profetas, seus agentes. Os primeiros atuam no sentido de interditar a possibilidade da união hipostática, entre o Espírito de Deus, e, as “águas”.  Os segundos agem no sentido de realizar tal união.

     É no contexto acima apontado, que o Filho de Deus atuava em relação aos indivíduos, visando libertá-los das prisões ideológicas (o “fermento” ou doutrinas dos ideólogos elitistas). Isto é, visando libertá-los das trevas sacerdotais, filosóficas, etc. Ele tinha como referência as noções e respectivas relações conflitantes entre as Trevas e o Espírito de Deus, e entre as Trevas e a Luz. Assim, Jesus consistiu no indivíduo real existente, que incorporara e manifestara o papel social sui generis do “Sol“, Escolhido, Luz ou Filho Primogênito do Espírito do Deus Criador ou Pai.

   No sentido acima indicado, a Luz-Jesus “irradiava” (ensinava, disseminava) “Luz” (conhecimento revolucionário e libertador) aos indivíduos. Atuava, enfim, em favor de libertá-los das cadeias ideológicas das trevas sacerdotais, filosóficas, místicas, etc. Atuava, assim, em diametral oposição a essas trevas. Mas, muitos indivíduos preferiam escolher as referidas Trevas, e desprezavam a Luz. Mesmo porque os sacerdotes-serpentes e os ideólogos elitistas em geral (“Estrelas”) atuam de modo constante e sistemático, no sentido inverso ao de Jesus. Ou seja, os referidos ideólogos agem voltados para manter interditada a possibilidade de se desenvolver a união hipostática.

   Na direção de manter interditada a possibilidade de união hipostática, os ideólogos das Trevas mantêm os indivíduos cativos e alienados, nas prisões ideológicas (doutrinas religiosas, filosóficas, políticas, econômicas, místicas, etc.). Desse modo, os ideólogos das Trevas submetem os indivíduos nos malditos templos-edifícios, e nos rituais e cultos macabros, etc., que nestes antros são realizados. Vejamos Mateus recordando Isaías, ao focalizar Jesus como a própria manifestação da Luz que irradia o reino dos céus, isto é, o reino do conhecimento que liberta o indivíduo das trevas ideológicas. Logo a seguir, veremos João concebendo, também, Jesus como a encarnação da instância Luz da Estrutura do Sujeito Social, embora o mundo não o tenha reconhecido como tal:

     “Quando, pois, Jesus ouviu que João fora preso, retirou-se para a Galiléia. Deixando a cidade de Nazaré, foi habitar em Cafarnaum, à margem do lago, nos confins de Zabulon e Neftali, para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta Isaías: A terra de Zabulon e de Neftali, região vizinha do mar, a terra além do Jordão, a Galiléia dos gentios, este povo que jazia nas trevas viu resplandecer uma grande luz, e surgiu uma aurora para os que jaziam na região sombria da morte (Is 9, 1). Desde então Jesus começou a pregar: ‘Fazei penitência, pois o reino dos céus está próximo (os grifos em negrito são nossos)”. (Mt 4, 13-17);

     “No princípio era o verbo, e o verbo era Deus. Ele estava no princípio junto de Deus. Tudo foi feito por ele, e sem ele nada foi feito, Nele havia vida e a vida era a luz dos homens. A luz resplandece nas trevas e as trevas não a compreenderam. Houve um homem enviado por Deus, que se chamava João. Este veio como testemunha, para dar testemunho da luz, a fim de que todos cressem por meio dele. Não era ele a luz, mas veio para dar testemunho da luz. [O Verbo] era a verdadeira Luz que, vindo ao mundo, ilumina todo homem. Estava no mundo e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o conheceu… (os grifos em negrito são nossos)” (Jo 1, 1-10).

[1] Cf. http://tribodossantos.blogspot.com.br/2013/04/a-segunda-fase-da-formacao-da-estrutura.html (A segunda fase da formação da Estrutura do Sujeito Social, e sua representação topográfica (Art. 41, 3.7.2., p. 266-271)

[2]. Cf. Machado. F. A. O Templo:http://tribodossantos.com.br/pdf/O%20Templo%20-%20introdu%C3%A7%C3%A3o.pdf

  1. 59-63: http://tribodossantos.blogspot.com.br/2012/09/corpo-subjetivo.html

p.78-82: http://tribodossantos.blogspot.com.br/2012/10/jesus-demonstra-aplicacao-do-caminho-ou.html