(TEXTO) Parte 3. Banco: A abominação da desolação no lugar santo.

Tempo de leitura: 17 minutos

(TEXTO) Parte 3. Banco: A abominação da desolação no lugar santo.

Vejamos o Banco como a Abominação da Desolação, ou seja, do sistema monetário e financeiro.

O sistema mundial de Banco consiste, desde as décadas 70-80, por um aspecto, na Abominação da Desolação, isto é, o Sistema financeiro “desregulamentado”  (autônomo) e unificado globalmente. Mas, o sistema de bancos desenvolve-se, gradativamente, até atingir, nas décadas 70-80, ao status de ocupar o “lugar santo“, ou seja, atingir e exercer enorme domínio e opressão sobre os indivíduos, que assim passam a adorá-lo, incondicionalmente, por temor. Convém fazemos uma sucinta genealogia do atual sistema bancário, para entendermos melhor a identificação que estou estabelecendo, entre  o poderoso e global sistema bancário atual, a Abominação da desolação, e o atual Sistema monetário e financeiro autônomo, e unificado globalmente.

É esclarecedora a origem etimológica do nome “Banco”, com a conotação de lugar onde é gerenciado negócios relativos ao câmbio de moedas e a empréstimo. O termo “Banco” foi criado pelos banqueiros judeus da cidade de Florença, na Itália, na época do Renascimento (1300-1700), para designar a mesa onde era realizado a troca de moedas (câmbio) e empréstimos, porque os judeus dessa cidade negociavam sentados em bancos de madeira.[1] Em 1406, foi criado aquele que é considerado o primeiro banco moderno: o Banco di San Giorgio, em Gênova.   A atividade financeira exercida por determinados judeus, na realidade atravessou milênios. Ela foi impulsionada pela centralização política e de cobrança de impostos em espécie e a corveia, a serem arrecadados das doze tribos de Israel, para o governo de Davi.[2] Essa atividade financeira foi impulsionada, sobretudo, pela centralização no templo de Jerusalém, do culto e notadamente dos dízimos e outros valores cobrados do povo, pelos teólogos e sacerdotes. Com esse objetivo, o rei Davi mancomunado com os escribas e sacerdotes, então, iniciou a construção do Templo de Jerusalém, que o seu sucessor (Salomão), então concluiu.

Alguns dos antigos hebreus praticavam, costumeiramente, a usura, isto é,  o empréstimo cobrado, perversa e injustamente, com o acréscimo de juros.  O empréstimo co juros era condenado pelos genuínos porta-vozes do Deus Iahweh, ao exemplo do grande profeta individual Ezequiel, que proclamou oráculo em nome desse Deus, que é o Deus do amor, do direito e da justiça, que é o mesmo Deus que Jesus chama de Pai. Vejamos esse oráculo de Deus:

“Ó homem justo, que procede segundo o direito e a equidade… Que não empresta à taxa usurária [ou seja, que não cobra juros] e não recebe com interesse, que afasta a sua mão da iniquidade, e julga equitativamente entre um homem e outro, que segue os meus preceitos e observa as minha leis, para proceder com retidão – esse homem é um justo: certamente viverá – oráculo do Senhor Iahweh” ( Ez, 18, 5, 8-9+)

A imagem da atividade bancária exercida pelo judeu de Florença, nos é muito familiar. O judeu usava, de modo improvisado, uma mesa, para expor as moedas, e um banco para se sentar e atender o freguês. Essa imagem é idêntica àquela descrita por Mateus, em que Jesus ficou indignado, diante de tamanha desonestidade de natureza financeira, que ele viu sendo realizada no templo de Jerusalém, com a conivência dos teólogos e dos sacerdotes fariseus e saduceus. Tamanha foi a indignação do Filho de Deus, que ele derrubou mesas e bancos de agiotas, cambistas e de outros tipos de negociantes aproveitadores.

O templo de Jerusalém era onde a aristocracia religiosa e laica judaicas, que incluía cambistas, agiotas e outros tipos desonestos de negociantes, então, adoravam, de fato, o deus do dinheiro e da riqueza chamado Mamon, e as riquezas que eles tinham depositadas nesse templo. Porém, esse conjunto de aristocratas diziam, falsamente, para o povo, que adoravam Iahweh, o Deus do amor, do direito e da Justiça, que é o mesmo Deus que Jesus chama de Pai.

Mazzarolo. Orofino e Shlaepfer são importantes pesquisadores de aspectos reais existentes, no contexto histórico tanto do NT como do AT. Eles nos ajudam a entende a realidade do contexto histórico daquela época, através do livro intitulado “A Bíblia: introdução histórica e literária”. Vejamos o que esses pesquisadores nos informam, a respeito da perversa exploração econômico feita por teólogos e sacerdotes judeus, sobre suas vitimadas ovelhas, precisamente utilizando, de modo diabólico, o templo de Jerusalém, na época de Jesus:[3]

O templo era sustentado pelo imposto anual, referente ao salário de dois dias de trabalho que todo judeu maior de 20 anos, em todo mundo, estava obrigado a pagar. Para tanto, um esquema especial de cobrança era armado por ocasião da Páscoa, quando os judeus da diáspora visitavam o templo. Entretanto, este não era o único imposto que o tesouro do templo recebia. Havia a prata do resgate dos primogênitos e dos votos ou promessas com tarifas e taxas estabelecidas, o dízimo dos frutos da terra para manutenção dos clérigos e vários donativos e esmolas provenientes muitas vezes de não judeus. Outras duas importantes fontes de renda para o templo eram o comércio de animais destinados ao sacrifício e a troca de moedas estrangeiras pelas cunhadas no próprio templo, por se considerar impuras aquelas que traziam a imagem do imperador”.

Em razão da revolta judaica contra Roma, os romanos destruíram e saquearam, em 70 d.C.,  Jerusalém e o templo, ou seja, a sede do Banco central da aristocracia sacerdotal e laica judaica.  Mazzarolo, Orofino e Shlaepfer esclarecem o caráter de natureza bancária do templo-edifício de Jerusalém. Mas, é oportuno ressalvar, que os teólogos e sacerdotes judeus já utilizavam o  templo-edifício de Jerusalém, como banco central, há muito tempo antes do contexto histórico de Jesus. Vejamos os esclarecimentos fornecidos pelos referidos historiadores:[4]

“O tesouro do templo era considerado a maior instituição bancária da época, na medida em que ali eram administrados não apenas os impostos e donativos, mas muitos dos bens da aristocracia de Jerusalém. Em 70, depois da destruição de Jerusalém e do templo pelos romanos, toda esta riqueza foi confiscada, fazendo com que o preço do ouro baixasse pela metade em toda a província romana da Síria.”

 

No texto citado por Mateus, Jesus repete trecho do livro do grande profeta individual chamado “Jeremias, que iniciou seu ministério cerca de 626 a.C., e segundo uma tradição, acabou martirizado”.[5] Portanto, 626 anos antes do Jesus Histórico, Jeremias já havia constatado, que o templo de Jerusalém consistia num “covil de ladrões” (Cf. Jr 7, 11), ou seja, consistia no banco central da aristocracia sacerdotal e laica judaica.

Um século antes de Daniel, o templo de Jerusalém continuou funcionando, entre os anos 300 e 200 a.C., como um “covil de ladrões”. Isto é, como Banco central gerenciado pela perversa e hipócrita aristocracia sacerdotal e laica judaica, então, mancomunada com o igualmente perverso sistema financeiro de propriedade dos reis Ptolomaicos do Egito, conforme demonstramos na palestra anterior, intitulada “Abominação da desolação = sistema monetário e financeiro – Parte 2“, queira ver.[6]

Porém, logo a seguir, e na época de Daniel, que escreveu o seu livro, nos anos 167-164 a.C., o “covil de ladrões” (Banco central judeu) foi apropriado, violentamente, pelo rei Antíoco IV, do Império Selêucida da Síria. Vejamos Mateus se referindo ao templo, na época de Jesus:

Jesus entrou no templo e expulsou dali todos aqueles que se entregavam ao comércio. Derrubou as mesas dos cambistas e os bancos dos negociantes de pombas e disse-lhes: ‘Está escrito: Minha casa é uma casa de oração (Is 56, 7), mas vocês fizeram dela um covil de ladrões” (Mt 21, 12-13).

Depois da destruição de Jerusalém, em 70 d.C, a corrente cultural farisaica e bancária se preservaram, entre os da diáspora e apoiadas em suas sinagogas, até a época da renascença italiana.[7] E, prosseguiram se expandindo até aos dias de hoje.

Vejamos o Banco no lugar santo

Demonstrei na palestra de nº 1, que a noção de “Banco” se refere, por um aspecto, a forma de existência e de atividades do perverso sistema monetário e financeiro. Queira ver[8]. Ao exemplo do Banco de propriedade do rei macedônio Antíoco IV Epífanes, do Império Selêncida da Síria. O qual houvera se apoderado, com o emprego da força, e estendido as atividades do seu banco, ao igualmente perverso banco central do estado judeu e respectivo sistema monetário e financeiro.

A instalação do ícone ou imagem do Zeus Olímpico sobre o altar dos holocaustos, que Daniel chamou de Abominação da Desolação, na verdade evocava e consistia numa mera questão de marketing. Pois, o sistema monetário e financeiro do Império Selêucida tinha como marketing a imagem do deus grego Zeus Olímpico, e o Banco que essa imagem representava, então, acabara de açambarcar o Banco e o respectivo sistema monetário e financeiro judeu. Cuja sede estava instalada no templo de Jerusalém, e  cujo Marketing era o altar dos holocaustos, que evocava, embora falsamente e por seu turno, a ideia do Deus Iahweh.

Os rei macedônio chamado Antíoco IV Epífanes empregava, usualmente, a propaganda, para divulgar e vender seus produtos, ao exemplo dos serviços prestados pelo seu Banco, cuja marca registrada e marketing era a imagem do Zeus Olímpico. O altar dos holocaustos ficava situado em local de destaque e favorável à propaganda, isto é, no átrio, entre a entrada principal e o prédio do Banco dissimulado em templo religioso. Antíoco apena substituiu o marketing do Banco dos Judeus, pelo seu Marketing, Conforme demonstrei na palestra de nº 1. Queira ver.[9]

Demonstrei, ainda, que tal noção de “Banco” corresponde a noção que tanto Daniel como Jesus nomearam de “Abominação da Desolação”. A história do banco do rei Antíoco revela, entretanto, que ele vai se tornando, gradativamente, mais poderoso, opressor, complexo e expansivo, até atingir seu status de plenitude ou “lugar santo”, ou seja o seu pleno desenvolvimento, e assim ser adorado, por temor, por todos que estejam sob o seu domínio.

No entanto, o sistema monetário e financeiro alcança esse status de lugar santo, na mesma ocasião em que o grande mercado em que ele foi gerado e se desenvolveu, alcança o seu limite de expansão e complexidade. Porém, subsequentemente, esse Grande Mercado começa a se definhar, e o sistema monetário e financeiro resiste, e se torna mais violento e opressor, a fim de se preservar, onde ele ainda domine. Ao exemplo do grande mercado gerido pelos reis macedônios (Jared: 5ª escala imperial de expansão do Grande Mercado pós-diluviano), que se definhava, condicionado pela ascensão do império romano e respectivo Grande Mercado (6ª escala de expansão), e consequentes pesadas dívidas de guerras, que os reis macedônios tinham que pagar aos romanos.

Em decorrência desse definhamento ou retração e depressão do grande mercado do Império Macedônio, também se retraía o respectivo sistema monetário e financeiro. Ao exemplo do Banco do rei selêucida Antíoco IV, que ao entrar em depressão, passava a atuar no sentido de açambarcar e/ou saquear Bancos de concorrentes macedônios, ao exemplo da invasão e saque feitos pelo rei  Antíoco IV Epífanes, contra o banco do Egito Ptolomaico (Cf. Dn 11, 21-28).

Antíoco IV passou, também, a tentar açambarcar e/ou saquear bancos de povos que já lhe pagavam tributos, ao exemplo do Banco do templo da cidade de Persépolis, na Pérsia. Em decorrência disso, Antíoco IV morreu, em 164 a.C. (Cf. 1mc 6, 1-16; 2Mc 9, 1+; Dn 11, 45).

Antíoco IV começou a se apropriar, ainda, do Banco do estado judeu, outrora submisso aos reis do Egito Ptlomaico. Neste último caso, a corja aristocrata sacerdotal e laica judaica, ou seja, os “ladrões” que gerenciavam do “covil” Banco centra judeu estabelecido no templo, então reagiram, e aconteceu a Revolta dos Macabeus. Em todos esses casos, o açambarcamento redundavam em aumentar a opressão exploração contra os trabalhadores pobres.

Situação análoga vem ocorrendo na modernidade. A grande rede global de mercados macrorregionais (Lamec) atingiu seu limite nas décadas 70-80, quando também a Abominação da Desolação ou sistema monetário e financeiro atingiu o seu status de pleno desenvolvimento expansão e complexidade. Porém, a partir das mesmas décadas, subsequentemente o sistema capitalista de produção e a respectiva grande rede global de mercados passaram a ser pressionados. Não propriamente por um novo e emergente grande Império e respectivo grande mercado, ao exemplo da forma que o processo da emergência do Império Romano e do respectivo grande mercado pressionaram o império Macedônio e seu grande mercado.

O sistema capitalista de produção e respectiva grande rede global de mercados macrorregionais passaram a ser pressionados, a partir das décadas 70-80, pelo início da fase Noé de longa, grave e irreversível depressão econômica, decorrente do esgotamento das forças de trabalho social. David Harvey demonstrou como marco do início dessa depressão, nessas décadas, a enorme crise e passagem do modelo fordista de produção e de acumulação de capital, para o modelo flexível de acumulação de concentração de capital.[10]

David Harvey constatou e veremos mais adiante, o fato da crise dos anos 70-80 do século passado diferir das precedentes por diversos aspectos. Em primeiro lugar, a crise das décadas 70-80 apresentou uma dimensão incomparavelmente maior que as anteriores. Em segundo lugar, ela só pode ser claramente entendida, pela perspectiva que focaliza a sócio-história transcorrendo em tempo de muito longa duração.

Pois, as crises que ocorreram a partir de cerca de 1400 d.C., com a formação do Grande Mercado Global, tiveram suas causas e efeitos inseridos no contexto expansivo do grande mercado global. Diferente dessas, a crise das décadas 70-80 mostra diversos aspectos, cujo conjunto demonstra que ela consiste numa transição. Esta transição é marcada por dois aspectos.

Por um aspecto, a transição é marcada pelo o fato do processo de expansivo do Grande Mercado, no seu atual estágio em rede global de mercados macrorregionais Lamec – sexto dia da criação – ter chegado, nas décadas 70-80, ao seu limite, e haver elevado a Imagem da Besta ou Abominação da Desolação, isto é, o Sistema Financeiro Autônomo e Unificado Globalmente, ao status de ocupar o “lugar santo“, ou seja, exercer enorme domínio e opressão sobre os indivíduos, que assim passam a adorá-lo, incondicionalmente, por temor.[11]

Por outro aspecto, a transição é marcada pelo o início da longa e grave fase depressiva Noé do Grande Mercado e da respectiva grande rede global Lamec. Em outros termos, a crise das décadas 70-80 inaugura o início da era denominada “sétimo dia” na Teoria da História registrada no livro Gênese, ou seja, marca o início da era de “repouso” ou “descanso” do Criador, que consiste nas forças de trabalho. Ou seja, em decorrência das forças produtivas vir sendo sobre exploradas, elas vêm entrando, também, em estado de exaustão. Desse jeito, as forças produtivas entram em estado de “repouso”. Como consequência, ocorre a redução drástica da produção, da circulação, desemprego em massa, fome e tudo o mais desse gênero. A fase de Transição das décadas 70-80 marca, também, o início do fim da era pós-diluviana.

Tal transição e respectiva crise se apresenta como prelúdio de três importantes fenômenos sócio-históricos que ocorrerão, ulteriormente, no contexto do processo regressivo Noé do Grande Mercado, em sua fase de rede global de mercados macrorregionais Lamec:

  1. A emergência da 2ª vinda do Ungido do Criador, isto é, o Cristo Jesus, no curso sócio-histórico em muito longa duração;
  2. O início da fragmentação tripartite (Sem, Cam e Jafet) da grande rede global de mercados macrorregionais Lamec;
  3. O desenvolvimento do processo “diluviano”, ou seja, o surgimento abrupto ou em ruptura de uma prolongada crise econômica global, acompanhada de convulsões sociais e guerras igualmente prolongadas, gravíssimas e generalizadas, por toda rede global de mercados macro-regionais. Crise econômica global essa acompanhada, também, de graves catástrofes ecológicas.

 

Na próxima palestra, focalizarei mais algumas prováveis consequências decorrentes de crise em tela.

[1] Cf. Wikipédia – Banco: https://pt.wikipedia.org/wiki/Banco

 

[2] Cf. Gottwwald, Norman k. As Tribos de Iahweh – Uma sociologia da Religião de Israel liberto 1250-1050 a.C., Edições Paulinas, SP, 1986, p. 373-374.

[3] Shlaepfer, C. F.; Orofino, F. R.; Mazzarolo, I. A Bíblia: introdução histórica e literária, Editora Vozes, Petrópolis, 2004, p. 135-136.

[4] Shlaepfer, C. F.; Orofino, F. R.; Mazzarolo, I. A Bíblia: introdução histórica e literária, Editora Vozes, Petrópolis, 2004, p. 136.

[5] Fohrer, G. História da Religião de Israel, Edições Paulinas, SP, 1993, p. 319-320.

[6] Abominação da desolação = sistema monetário e financeiro – Parte 2: https://www.youtube.com/watch?v=dhXTGNobILE&t=488s

[7] Cf. Campagnano, Anna Rosa. Judeus de Livorno: sua língua, memória e história, Editora Humanitas, São Paulo, 2007, p. 25-27.

[8] Cf. (TEXTO) Abominação da desolação = sistema monetário e financeiro – Parte 1: http://tribodossantos.com.br/2017/07/texto-abominacao-da-desolacao-sistema-monetario-e-financeiro-parte-1/

[9] Cf. (TEXTO) Abominação da desolação = sistema monetário e financeiro – Parte 1: http://tribodossantos.com.br/2017/07/texto-abominacao-da-desolacao-sistema-monetario-e-financeiro-parte-1/

 

[10] Cf. Harvey, D. Condição pós-moderna – Uma Pesquisa sobre as Origens da Mudança Cultural, Edições Loiola, São Paulo, 1992, p. 140-141.

[11] Harvey, D. Condição Pós-moderna – Uma Pesquisa sobre as Origens da Mudança cultural. Edições Loiola, São Paulo, 1992, p. 152: David Harvey esclarece a respeito do processo de formação do sistema monetário e financeiro “desregulamentado” (autônomo) e articulado globalmente.